A INFLUÊNCIA DO MÉTODO ISOSTRETCHING NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Oliveira, M.C.B
Introdução
O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea. No Brasil, o número de idosos (60 anos de idade) passou de 3 milhões em 1960, para 7 milhões em 1975 e 14 milhões em 2002 (um aumento de 500% em quarenta anos) e estima-se que alcançará 32 milhões em 2020 (COSTA et al., 2003).
Em paralelo às modificações observadas na pirâmide populacional, doenças próprias do envelhecimento ganham maior expressão no conjunto da sociedade. Um dos resultados dessa dinâmica é uma demanda crescente por serviços de saúde. Aliás, este é um dos desafios atuais: escassez de recursos para uma demanda crescente (CARVALHO et al., 2003).
O idoso consome mais serviços de saúde, as internações hospitalares são mais frequentes e o tempo de ocupação do leito é maior quando comparado a outras faixas etárias. Em geral, as doenças dos idosos são crônicas e múltiplas, perduram por vários anos e exigem acompanhamento constante, cuidados permanentes, medicação contínua e exames periódicos (PEREZ et al., 2005; RAMOS, 2003).
A capacidade funcional é uma importante habilidade da aptidão física e a definem como a capacidade de realizar tarefas que garantam uma vida independente e o bem estar global. Assim, a recomendação de programas de atividade física e exercícios são importantes como hábito de vida saudável e precisa ser quantificada para o entendimento de sua contribuição para a saúde e para a capacidade funcional da população idosa (ARAÚJO et al., 2006; BARATA et al., 2005).
Uma forma segura, simples e de baixo custo, para se avaliar a capacidade funcional é o teste de caminhada de seis minutos (TC6), introduzido em 1968 como um guia da aptidão física. Este teste não é específico para nenhum dos vários sistemas envolvidos diretamente durante o exercício, limitando-se a fazer uma avaliação global e integrada de todos estes