A influência burguesa na mídia como forma de restrição da liberdade de expressão do indivíduo
Bruna Mayla B. Vieira¹
Após a Revolução Francesa de 1789 uma nova classe social chega ao poder. A ela é dado o nome de burguesia e essa passa a reger as leis do Estado e a estabelecer novas relações de poder que perduram até os dias atuais. Estabelece-se com isso, o Estado liberal, no qual se pode perceber uma defesa com relação a uma maximização da liberdade individual mediante o cumprimento das leis e o respeito aos direitos de cada um. Além disso, apresenta a democracia como forma de governo e reafirma os princípios de igualdade e liberdade, heranças da revolução, rejeitando assim teorias como a do direito divino dos reis, ou a hereditariedade no poder, sendo seu modo de produção o Capitalismo.
Nesse âmbito, pode-se incluir um tipo de específico de liberdade e que é assegurado constitucionalmente a todos: a liberdade de expressão. Entende-se por liberdade de expressão o direito que o indivíduo tem de apresentar seus argumentos sem que seja censurado, sendo ele maioria ou minoria em qualquer situação.
Diversos filósofos fizeram estudos nesse campo e dentre eles destaca-se Voltaire, com sua famosa frase: “Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-la." Apesar de ser um preceito básico do liberalismo, este direito vem sendo violado veementemente na história recente, através de movimentos ideológicos como o nazismo ou o fascismo, ou ainda, através do poder que a mídia exerce sobre a opinião pública.
Para Marx, os homens devem sentir-se completamente confortáveis para manifestar suas ideias, já que, segundo ele a dignidade humana encontra-se depositada na liberdade, mesmo que alguns inclinados ao conservadorismo político não acreditem nisto e combatam ferrenhamente os contraditórios a eles. A burguesia, sendo uma minoria que detêm os meios de produção, possui grande influência sobre os meios de