Totalitarismo
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Totalitarismo (ou regime totalitário) é um sistema político no qual o Estado, normalmente sob o controle de uma única pessoa, político, facção ou classe, não reconhece limites à sua autoridade e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada, sempre que possível.[2] O totalitarismo é caracterizado pela coincidência do autoritarismo (onde os cidadãos comuns não têm participação significativa na tomada de decisão do Estado) e da ideologia (um esquema generalizado de valores promulgado por meios institucionais para orientar a maioria, senão todos os aspectos da vida pública e privada).[3]
Os regimes ou movimentos totalitários mantêm o poder político através de uma propaganda abrangente divulgada através dos meios de comunicação controlados pelo Estado, um partido único que é muitas vezes marcado por culto de personalidade, o controle sobre a economia, a regulação e restrição da expressão, a vigilância em massa e o disseminado uso do terrorismo de Estado.
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Etimologia
A ideia de totalitarismo como poder político “total” através do estado foi formulada em 1923 por Giovanni Amendola que criticou o fascismo italiano como um sistema fundamentalmente diferente das ditaduras convencionais. [4] O termo depois ganhou conotações positivas nos escritos de Giovanni Gentile, o principal teórico do fascismo. Ele usou o termo "totalitario" para se referir à estrutura e metas do novo estado. O novo estado deveria dispor sobre a "representação total da nação e a orientação total das metas nacionais" [5]. Ele descreveu o totalitarismo como uma sociedade em que a ideologia do estado teria influência, se não poder, sobre a maioria de seus cidadãos [6]. Segundo Benito Mussolini [4], este sistema politiza tudo que é espiritual e humano. O conceito de totalitarismo surgiu nos anos 1920 e 1930. A visão de que ele foi elaborado somente depois de 1945 é frequente e equivocadamente visto como parte da propaganda anti-soviética durante a