A influencia da propaganda em setores censitários no municipio de raposa-ma
A Indústria farmacêutica que investe milhões em pesquisas buscando a cura das pessoas é a mesma que não mede esforços ao recorrer a todo tipo de marketing e propaganda para esvaziar as prateleiras das farmácias. A indústria com alto investimento em marketing encontra como parceira a mídia de massa, que legítima algumas informações e divulga muita vezes, sem responsabilidade, medicamentos a leigos, que não deveriam receber determinada informação sem orientação de um profissional de saúde (JESUS, 2004).
Atualmente os grandes pólos farmacêuticos investem mais em propaganda do que em pesquisa com investimento de aproximadamente 3 bilhões anuais, o que corresponde a 20% do faturamento do setor. Dos cinco medicamentos mais consumidos no Brasil, três dispensam receita médica, ou seja, o consumidor acaba comprando o medicamento muitas vezes sem precisar, levando o país ao décimo lugar no ranking mundial do mercado farmacêutico, com média de 1,6 bilhões de caixas vendidas anualmente (CANTARINO, 2007).
Os gastos exorbitantes em propaganda de medicamentos leva os brasileiros ao quarto lugar em consumo mundial de medicamentos, com uma média de 11 caixas de produtos farmacêuticos por pessoa/ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, França e Alemanha (CARVALHO et. al., 2004).
Logo, a automedicação tornar-se uma prática comum no cotidiano da população brasileira que envolve desde aspectos de ordem familiar e social (hábitos de consumo de medicamentos), cultural (natural e artificial, quanto maior a dose, melhor é o efeito), econômica (sistema de saúde pública deficiente), política (legislação e prioridades do sistema público de saúde), ética (uso abusivo,