A industrialização brasileira
O cenário político do Brasil no inicio do século XIX é marcado pela sua recente conquista de independência da antiga metrópole, Portugual , em 1822, e pelo advento do Império e em 1889 da República, que significou o estabelecimento da Federação. Com a República fereralista, diversas oligarquias locais conseguiram ascender ao poder, assumindo assim o poder administrativo. É o inicio do chamado coronolismo que se desdobra em ações como o nepotismo e o clientelismo. A soberania das oligarquias do sudeste, principalmente do setor cafeeiro, se traduz na “política do café-com-leite”. E essa hegemonia agrária significa, em primeiro momento, uma preocupação com a valorização do preço do café, principal bem exportado. Quanto a questão econômica, esse período foi marcado pelo café e pelo início da industrialização brasileira.
Na primeira metade do século XIX, a região sudeste era a que mais atraia imigrantes devido, principalmente, a produção cafeeira. Como consequência esse região apresentava um crescimento urbano maior que o das outras regiões do resto do país. O sudeste, foi também a região que teve maior investimento na construção da malha ferroviária, a fim de, inicialmente, agilizar a exportação do café. A maioria das ferrovias foram construidas com recursos do governo ou com garantias de juros dadas pelo governo. A primeira ferrovia foi construída por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá em 1854.
A industrialização no Brasil, nas primeiras décadas do século XIX, foi limitada pela política liberalista. Os produtos ingleses, por exemplo, tinham acesso privilegiado no mercado brasileiro, acesso esse garantido pelos tratados comerciais assinados entre Brasil e Inglaterra em 1810. Mas em 1844 essa situação mudou. Os Tratados que beneficiavam os produtos ingleses já não tinha mais validade e mediante a necessidade do governo de aumentar a arrecadação, o ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, implementou a tarifa