A Ind Stria Do Cigarro Tema Do Filme De Estr Ia Do Diretor Americano Jason Reitman
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A indústria do cigarro é tema do filme de estréia do diretor americano Jason Reitman, que denuncia os poderes dos conglomerados que provocam a morte de 370 mil pessoas anualmente no planetaHá momentos em “Obrigado por fumar”, do americano Jason Reitman, em que o público ri do humor ácido das situações. Um riso que reacende doença terminal e morte. Nada ali deveria gerar histrionismo, pois se está diante de uma sátira ao mundo da manipulação, do cinismo e da perversidade. Trata-se de um mal estar da modernidade: o das aparências que o cigarro gera nas pessoas, fazendo-as adotar um comportamento diverso do seu. Um mundo onde a imagem difundida pela propaganda se traduz falsamente em status, sofisticação e evasão. E, para que isto pareça verdade, monta-se uma máquina subliminar para influenciar, hoje, pessoas não mais tão inocentes. “Obrigado por fumar” é a história do sucesso, da queda e do reerguimento do mestre da manipulação e do cinismo Nick Naylor (Aaron Eckhart), vice-presidente do Centro de Pesquisas do Tabaco, mantido pelo conglomerado que transforma a folha do fumo em cigarro. É também sobre a forma como ele usa seu poder e sua franqueza ao abordar fatos que a outros chocariam, dada a sua falta de ética e de moral. O que se traduz na dura verdade do mundo capitalista nesta fase das grandes corporações. Elas, para manter seu poder sobre sua massa de consumidores, criam lobbys que atuam direto na mente e nas emoções das pessoas. Naylor, separado da mulher, Jill Naylor (Kim Dickens) é um pai dedicado. Procura, a todo custo, relacionar-se com o garoto Joey Naylor (Cameron Bright) e, para isto, leva-o a freqüentar o seu mundo. É desta relação que surge um fato inusitado: Naylor, embora seja um manipulador, se transforma, aos olhos do filho, num profissional que leva sua tarefa às últimas conseqüências, com uma veracidade assustadora. Daí conquista o filho e vira um modelo a ser imitado por ele. O que importa, diz Reitman, não é