a (in)sustentabilidade em Bertioga
A dissertação de Estela Macedo Alves apresentada à universidade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo para obtenção do título de mestre, busca através do estudo de um caso bastante ilustrativo da associação entre natureza e crescimento urbano na cidade de Bertioga, compreender como o conceito de crescimento urbano pode ser aplicado à urbanização das cidades, numa perspectiva de desenvolvimento e sustentabilidade ambiental, tema da ordem da discussão mundial. Foi utilizada uma base teórica balizada por uma bibliografia sobre o histórico das conferências e internacionalização do debate ambiental, que foi de grande influência na configuração ambiental dos Estados Nacionais, base da atual política ambiental brasileira.
Para o desenvolvimento do estudo considerou-se a cidade como espaço construído sob a pressão dos limites do planeta em sua finitude de recursos naturais em concorrência com um contexto de domínio da construção de espaços em um mercado pouco regulado pelo estado, ou seja, econômico liberal e flexível. Nessa linha de raciocínio é trazido a tona os diferentes valores dados à natureza pelos diferentes grupos formadores da sociedade com óticas e percepções críticas bem diferenciadas dos aspectos relevantes na intervenção no tecido urbano territorial de Bertioga associada à necessidade de preservação de ecossistemas naturais de importância científica e cultural, quer seja pela garantia do direito básico de morar(necessidade de habitar), quer seja pelo desejo de possuir espaços privilegiados, que faz emergir uma grande e voraz ocupação territorial.
O desenvolvimento do estudo passou por diversas etapas desde a caracterização do município do ponto de vista histórico evidenciando sua criação e oficialização através da Lei estadual número 7664 de 30 de dezembro de 1991, citando suas características físico-territoriais bem destacando a importância da formação da Baixada Santista na