A Imprensa Evangélica no Brasil do Século XIX e XX Um olhar sobre a questão da escravidão e o progresso
A Imprensa Evangélica no Brasil do Século XIX e XX
Um olhar sobre a questão da escravidão e o progresso
Em 1984 Antonio Gouveia Mendonça em um dos seus livros “O Celeste Porvir: a inserção do protestantismo no Brasil”, escreveu que os protestantes existiam no Brasil, mas não apareciam ou não eram notados. Hoje em 2002 o censo mostra que esses grupos aumentaram; quando percebemos candidatos a presidência tentando ganhar a simpatia desses grupos (já que são vários os ramos protestantes) a frase de Mendonça precisa ser revista. Os grupos protestantes existem e são notados por toda a sociedade. No entanto ao ler a bibliografia sobre o Protestantismo histórico no Brasil1, percebe-se que esse tema continua ainda, repleto de lacunas. Como por exemplo, a posição protestante em relação à escravidão no Brasil. Essa questão sempre me inquietou, ainda mais quando me deparei com varias informações que apontam uma posição atuante dos presbiterianos. Posição essa que chegou a ser ressaltada por Joaquim Nabuco que agradece o apoio dos protestantes abolicionistas em seu jornal “O Paiz” (publicado na “Imprensa Evangélica” em 24/7/1886) “Todos os dias nós lemos nos pequenos jornais protestantes que se publicam no Brasil escritos de propaganda abolicionista”. Enquanto os batistas por serem um grupo mais conservador se silenciaram (?) . Estas e outras questões não foram abordadas pela bibliografia existente. Muito se contribui para o entendimento da educação que os protestantes estavam propondo, mas outras questões foram esquecidas. Esse silêncio principalmente da parte dos historiadores tem permitido que representações errôneas façam parte do senso comum. Fica portanto, aos historiadores a oportunidade e o convite para voltar ao passado protestante brasileiro em busca de outros problemas, de outras janelas e portas.
Sobre a imprensa evangélica (dos protestantes históricos) há uma enorme lacuna. A questão de estudar a imprensa