A reconhecida centralidade da Química no contexto das ciências fundamentais a tem colocado como a ciência mais presente na vida cotidiana do cidadão. Nesse sentido, não há fronteira separando a Química da Biotecnologia, da Bioquímica, de vários ramos da Biologia, da Física, da Medicina! Olhemos ao nosso redor e lá enxergaremos a Química nos alimentos, nos remédios, nas bebidas, no vestuário, nos combustíveis, nos plásticos, nas embalagens..., diariamente, do amanhecer ao pôr do sol. O problema fundamental da humanidade, hoje, não está no terrorismo, como parece. Está nas mudanças climáticas e nos padrões insustentáveis de produção e consumo, que já estão 25% além da capacidade de reposição da biosfera terrestre. Essas são as questões reais que ameaçam a própria sobrevivência da humanidade. Também sob este aspecto a Química é estratégica para a sustentabilidade do planeta, pois que todos os produtos químicos, naturais ou sintéticos, têm origem nas matérias-primas encontradas na natureza. Assim, a água do mar, o petróleo, o carvão, os minerais, a agricultura e a pecuária são os recursos básicos para fabricação de produtos químicos. Nesse contexto, mais do que nunca a população deve ser bem educada. Os futuros profissionais da Química deverão ter habilidades natas de cientista, deverão investir sempre em “como saber” resolver problemas; conhecer os “idiomas”, ou seja, as linguagens da ciência; ter liderança e criatividade e saber usar sua especialização sempre conectada à cooperação. Enfim, o saber enciclopédico já não será suficiente. É necessário saber fazer, ou seja, ter habilidades; saber agir, ou seja, ter competências, e saber ser, ou seja, ter valores e atitudes. A Química dispõe – para seus amantes e usuários – dos “Princípios da Química Verde” a nortear as ações de educação e produção industrial, com implicações imediatas na sustentabilidade de processos e produtos, que estão sendo colocados à disposição da sociedade para seu