A importancia da reciclagem e dos 3 R
A problemática do lixo é vista como uma dos mais graves questões ambientais urbanas da atualidade, sem dúvida com o aumento populacional e o estilo de vida das pessoas, o acumulo de resíduos vem crescendo em escala geométrica. Segundo dados do IBGE (2008), o tipo de lixo que cada família produz é diretamente proporcional a sua renda. Famílias com maior poder aquisitivo geram mais resíduo sólido (embalagens em geral) e para as famílias com menor renda, a maior volume são os resíduos orgânicos (resto de comida). Em 2010, o Brasil produziu 195 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, um aumento de 6,8% em relação a 2009, quando foram geradas 182.728 toneladas. Ao longo de 2010, o montante chegou a 60,8 milhões de toneladas de lixo. Dessas, 6,5 milhões de toneladas não foram coletadas e acabaram em rios, córregos e terrenos baldios. Do total de resíduos produzidos, 42,4%, ou 22,9 milhões de toneladas/ano, não receberam destinação adequada: foram para lixões ou aterros controlados (que não têm tratamento de gases e chorume). O lixo é uma realidade que necessita ser encarada, pelo poder público, pelos geradores de resíduos e pelos consumidores. Não existe um único culpado, assim como não existe uma solução única para o problema. Como alternativa metodológica a problemática crescente do lixo, surgiu à política ou pedagogia dos 3 “R” /(R) Reduzir; (R) Reutilizar e (R) Reciclar/. Esta é sem dúvida uma visão global do problema, reciclar é uma ótima alternativa, mas antes disso é indispensável reduzir o consumo, se não for possível, reaproveitar o que temos e somente depois reciclar. Fazer da reciclagem o ponto inicial de enfrentamento é uma postura reducionista de enfrentamento. Esta questão deve ser vista de uma perspectiva mais abrangente e crítica a respeito dos valores culturais da sociedade de consumo, do consumismo, do industrialismo, do modo de produção