A imigração japonesa ao brasil
A vinda de imigrantes japoneses para o Brasil foi motivada por interesses dos dois países: o Brasil necessitava de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente em São Paulo e no norte do Paraná, e o Japão precisava aliviar a tensão social no país, causada por seu alto índice demográfico. Para conseguir isso, o governo japonês adotou uma política de emigração desde o princípio de sua modernização, iniciada na era Meiji (1868).
Apesar de não serem favoráveis à imigração, em 1906, os governos do Japão e do Estado de São Paulo levaram adiante esse processo.
Baseadas nos relatos de japoneses que haviam sido enviados ao Brasil antes do início da imigração, essas pessoas esperavam enriquecer em pouco tempo e voltar para sua pátria, já que as oportunidades oferecidas nas lavouras de café pareciam promissoras. Mas os imigrantes que desembarcaram no Porto de Santos naquela manhã de 1908 descobriram outra realidade; eles foram enviados para trabalhar nos cafezais paulistas, muitas vezes sem condições adequadas de higiene. Aos poucos, essas pessoas perceberam que somente com união conseguiriam conquistar sua independência. Os japoneses então começaram a criar parcerias e cooperativas, a fim de defender seus interesses. Além disso, adquiriram pequenas terras, em que desenvolveram técnicas de produção agrícola.
Com o tempo a situação econômica do Japão piorou muito após o fim da Primeira Guerra Mundial, principalmente nas áreas rurais. Nos EUA, principal país procurado pelos imigrantes japoneses, o movimento contra a entrada dos orientais se intensificou e, em 1924, foi promulgada uma lei de imigração que proibia a entrada dos japoneses no país.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a imigração japonesa no Brasil esteve praticamente paralisada, atrapalhando a já difícil integração entre brasileiros e nipônicos. Vários decretos foram instituídos, proibindo o ensino da língua japonesa no país, e descendentes de japoneses