A Imigração Japonesa no Brasil
O Século XIX e as primeiras décadas do século XX correspondem a um período de grande movimento migratório internacional. Embora os números não sejam totalmente exatos por causa das incipientes condições de registro, estima-se que entre 70 milhões e 75 milhões de pessoas tenham se transferido para outros países. A contribuição japonesa aos fluxos migratórios só acontece em fins do século XIX, após a abertura do país as relações internacionais, a partir de 1854.
Durante a Era Tokugawa, imediatamente anterior, o Japão viveu totalmente isolado do mundo exterior. O governo não permitia que seus cidadãos emigrassem. Houve apenas algumas permissões especiais de longo prazo com finalidade educacional para estudantes, sem contar os refugiados políticos e os passageiros clandestinos nos navios. Mesmo somando todos eles, o resultado ainda seria desprezível, se comparando com os números registrados a partir da Era Meiji, com a abertura comercial ao Ocidente, iniciou-se a modernização japonesa
As vertiginosas transformações econômicas de restauração Meiji fizeram crescer as tensões sociais decorrentes do aumento do desemprego e da pobreza, transformando a emigração em necessidade. Esses problemas tiveram entre suas causa o desenvolvimento da indústria manufatureira, o empobrecimento dos proprietários rurais e o aumento demográfico. Com a modernização, a economia japonesa que era basicamente agrícola, durante a xogunato Tokugawa, passou por um processo de industrialização que foi importante para o fortalecimento e a expansão militar do Japão. Mas essa mudança propiciou também o deslocamento da mão-de-obra, que deixava as atividades rurais para partir para os centros urbanos, em busca de melhores oportunidades de trabalho.
Outro problema foi à mudança do sistema tributário que afetou dramaticamente o setor agrícola. Até 1973, aceitava-se o pagamento de impostos em produtos, mas a partir da reforma