A imagem no ensino da arte: resumo do capítulo - a importância da imagem no ensino da arte
A partir daí ela propõe que nós pensemos na necessidade da arte, o quanto ela é importante em duas etapas fundamentais para o ser humano numa sociedade: a alfabetização e a adolescência. Podemos pensar nesses dois momentos da seguinte forma: alfabetização como necessidade de conquista de uma técnica e adolescência como necessidade de conquista de equilíbrio emocional.
Porém, se entendermos que o objetivo da alfabetização é apenas fazer com que a criança atinja um domínio cognitivo ou intelectual, e que a adolescência é uma crise de ordem afetiva, estaremos dicotomizando razão e emoção. Isto é um erro. Há uma complementaridade entre a razão e a Imaginação em todo verdadeiro processo de aprendizagem, que muitos educadores desconhecem, e esse desconhecimento gera uma desinformação muito grave a respeito da Imaginação, relegada por muitos aos artistas, aos loucos, às crianças.
Existem autores que acreditam que é perigoso incentivar a Imaginação, porque isso poderia prejudicar a interação do indivíduo com o mundo em que ele vive. A fantasia “puxaria” a pessoa para fora da realidade, para longe de algo concreto, deixando-a sem recursos para lidar com as problemáticas da sociedade em que ela está inserida.
É claro que há a fantasia exacerbada, neurótica, alienante, que isola o sujeito, na qual o mesmo se refugia por não se achar capaz de lidar com a realidade, mas a alienação não se produz apenas pela fantasia, e esta não se reduz à alienação, que é na verdade um mau uso da Imaginação. A Imaginação é uma faculdade humana que existe justamente para promover a afirmação do homem enquanto ser criador, para mostrar os vários ângulos possíveis de uma realidade que a lógica nos mostra