A imagem da cidade - capitulo 3 e 4
Cada imagem individual é única e possui algum conteúdo que nunca ou raramente é comunicado, mas ainda assim ela se aproxima da imagem pública que, em ambientes diferentes, é mais ou menos impositiva, mais ou menos abrangente. O conteúdo das cidades até aqui estudadas, que remetem às formas físicas, pode ser adequadamente classificado em 5 tipos de elementos: vias, limites, bairros, pontos nodais e marcos e podem ser definidos da seguinte maneira:
1- Vias – são canais de circulação ao longo dos quais o observador se locomove de modo habitual, ocasional ou potencial. Podem ser ruas, alamedas, linhas de trânsito, canais, ferrovias. Para muitas pessoas, são estes elementos predominantes em sua imagem.
2- Limites - são elementos lineares não usados ou entendidos como vias pelo observador, são fronteiras entre duas faces, quebras de continuidade lineares:praias, margens de rios, lagos, etc., cortes de ferrovias, construções, muros e paredes. São referências laterais, mais que eixos coordenados.
3- Bairros – são regiões médias ou grandes de uma cidade, concebidos como dotados de extensão bidimensional.O observador neles penetra mentalmente, e eles são reconhecíveis por possuírem características comuns que os identificam.Sempre identificáveis a partir do lado interno, são também usados como referência externa quando vistos de fora.
4- Pontos Nodais – são pontos, lugares estratégicos de uma cidade através dos quais o observador pode entrar, são focos intensivos para os quais ou a partir dos quais se locomove. Podem ser basicamente junções, locais de interrupção do transporte, um cruzamento ou uma convergência de vias, momentos de passagem de uma estrutura a outra. Alguns desses pontos nodais são o foco e a síntese de um bairro, sobre o qual sua influência se irradia e do qual são um símbolo.
5- Marcos – são outro tipo de referência, mas, nesse caso o observador não entra neles: são externos. Em geral, são um