A IGREJA NOS DIAS ATUAIS
Por Jeane Kátia dos Santos Silva
Temos vivido os dias difíceis dos quais o apóstolo Paulo e o próprio Jesus falaram que haveriam de vir. Em nossos dias, as pessoas estão tão sedentas de ouvirem coisas agradáveis aos ouvidos [comichões nos ouvidos, conforme palavras de Paulo], que nem se importam de estarem ou não sendo manipuladas. Acerca disso, disse Jesus: "Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus" [Mateus 22:29].
Nos tempos medievais, as pessoas eram manipuladas por que não detinham o conhecimento. Hoje, são manipuladas, porque preferem se acomodar na ideia equivocada de que se cumprirem a ordenança bíblica acerca dos dizimos e ofertas, serão merecedoras de receberem em troca 100 vezes mais. Diante disso, pergunto: "Se minha motivação ao dizimar e ofertar e, ao ajudar um irmão que está em necessidade é o meu anseio de receber em troca 100 vezes mais, onde está a virtude nisso? Não seria esse meu ato de ofertar um ato motivado no egoísmo e na ganância?" Certamente que sim. Vale lembrar, que receber 100 vezes mais é promessa! Contudo, deturparam-na, dandolhe um sentido novo: o sentido do merecimento! E é isso o que fazem, quando agem como se a prosperidade fosse o objetivo final; quando na verdade, ela deve ser vista como consequência da fidelidade de Deus à Sua Palavra e, como conseqüência de um coração que age com liberalidade. Não percebem, por exemplo, que Jesus ao falar da oferta da viúva pobre estava, na verdade, denunciando a oferta dos demais, cujas motivações não agradavam a Deus.
Abro aqui um parêntese: Os dízimos e as ofertas são uma ordenança bíblica. Mas, eu entendo que o dizimar mal [refiro-me à motivação] é tão errado quanto não dizimar. Mas isso ninguém prega nos púlpitos de igrejas, contanto que dizimem. E, não obstante seja uma orientação bíblica, dificilmente, se vê incentivos no sentido de que se alguém tem algum ressentimento contra seu irmão, deva ir primeiro até ele, antes de deitar sobre o
altar