A Humanidade e o Alimento
A Cocção de alimentos permitiu retardar a decomposição e prorrogar o tempo de consumo dos alimentos. A técnica tornou os alimentos mais fáceis de digerir. Esse menor esforço na mastigação permitiu um menor desenvolvimento dos músculos faciais e crescimento da cavidade intracraniana e do cérebro.
Estudos indicam que em regiões onde existiam fontes termais, os homens das cavernas só sobreviveram à era glacial devido à conservação do alimento (eles usavam as fontes para cozinhar) e a pele para se cobrir.
A invenção dos utensílios permitiu preparações culinárias mais elaboradas, pois já se podia ferver a água e manter alimentos sólidos em temperatura constantes.
Para saciar a fonte, o homem conta com quase todo organismo animal e vegetal para se alimentar. A partir do momento em que ele iniciou o plantio, surgiram as aldeias em torno desses campos. A abundância de alimentos permitiu ao homem tempo livre para desenvolver tecnologia e outros aspectos da cultura.
Com o desenvolvimento da tecnologia, surgiram as primeiras cidades em locais de clima benigno e com condições de cultivo de terra (principalmente ao longo de vales fluviais).
Há indícios que na região onde existe o Irã, Iraque, Turquia, Síria, Líbano, etc, surgiram as primeiras espécies domesticadas, as primeiras aldeias e as primeiras receitas.
O Homem começou a compartilhar alimento (ideia de hospitalidade) quando começou a caçar grandes animais. Como não conseguia consumir, chamava outros para partilhar.
A refeição em família é propícia à transmissão de valores. O prazer à mesa prepara-nos para outros prazeres, consola e compensa uma perda. Uma refeição para ser perfeita precisa de companhia agradável. Será um prazer, mesmo que a comida não seja muito sofisticada. Ela é um momento de intercâmbio e hospitalidade, mas também pode ser um momento de exteriorização interior, transformando-se em desavenças.
Os hábitos culinários variam de região em região,