A Constituição Federal de 1.988, além de abrir as portas para a participação e o acompanhamento popular nas decisões da Administração Pública, foi marcante para que o Estado reconhecesse a sua ineficácia enquanto órgão de gestão. Esse foi um bom sinal, pois reconhecer a deficiência é o primeiro passo para a mudança. No texto “A Hora da Gestão Pública”, podemos verificar algumas iniciativas no sentido de buscar um Estado mais moderno, que seja ouvinte de sua população e que procure a qualidade na prestação de seus serviços e saneamento no gasto dos recursos públicos. É alentador saber que o Governo começa a perceber que a terceirização nem sempre é a melhor solução, porque não necessariamente representa excelência e economia. O Estado pode e deve retomar e resgatar os seus deveres para com a população e investir em métodos e políticas voltadas à gestão. Para tanto, concordo com o então Ministro: a idéia está lançada, mas prioritariamente deverá haver a reciclagem dos servidores públicos envolvidos nesta maratona. Não só a atualização didática, mas também na forma de pensar e agir, objetivando a modernização. A Carta de Brasília de 2.008, mostra o caminho para o início desta modernização, mas o quanto dela já foi colocado em prática? Acredito que as ações que lá constam realmente contribuirão para um melhor gerenciamento, voltado para o acompanhamento de resultados, a fim de promover a elaboração de orçamentos mais flexíveis, que poderão atender realmente as demandas pontuais da população. Muitos de nós, servidores públicos, já tivemos a amarga experiência da terceirização, então a parte que nos cabe é inflar este movimento e promover melhorias a partir de pequenas ações nas nossas atribuições funcionais, do dia-a-dia.
Referência Bibliográfica:
MORAES, Marcelo Viana Estevão. A Hora da Gestão Pública, Brasília, 2009.
CARTA DE BRASÍLIA. Brasília, 2001. Disponível em: . Acesso em: 08 abril.