A Hora Da Estrela Resenha Pessoal
Por Ana Luiza Alves Martins Borba, Cristiane Siqueira de Oliveira, Deise Lúcid Santos Pereira, Meire Lucy Cunha Araujo.
Clarice Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1920, na Ucrânia e chegou ao Brasil com dois meses de vida estabelecendo-se em Recife onde fez o curso primário e secundário. Mais tarde, em 1934 instalou-se no Rio de Janeiro. Em 1940 conseguiu emprego no Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) no governo de Getulio Vargas como redatora e repórter. Formou-se na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil em 1943. Em 1944 foi o lançamento do primeiro romance, Perto do coração selvagem que recebeu o Prêmio Graça Aranha. Posteriormente publicou textos de 19/08/1967 a 29/12/1973 no Jornal do Brasil que foram reunidos na obra A descoberta do mundo. A hora da estrela é o último romance da autora, escrito em 1977 pouco antes de sua morte mas impresso postumamente.
A hora da estrela é uma literatura filosófica existencialista. Todo livro é uma busca de identidade. O narrador, Rodrigo S.M, (que só reforça a teoria da construção da narrativa de Clarice: personagens masculinas que só existem e orbitam em função da personagem principal feminina) mostra a postura diferente do caráter intimista de outras obras da autora e revela as agruras da total alienação da existência de Macabéa. Como ela há milhares no Rio de Janeiro, o próprio narrador que pegou ″no ar de relance o sentimento de perdição ″ (p.12) a todo tempo chama o leitor a uma trajetória já definida:″ fim que justificaria o começo – como a morte parece dizer sobre a vida″ (p.12). O próprio nome da protagonista, que faz referência aos macabeus ironiza e confronta-se com sua existência, em contra partida revela à resistência a morte ao nascer. Muito mais que somente ″contar as fracas aventuras de uma moça numa cidade feita toda contra ela″ (p. 15), ele que se equipara a ela em desconhecimento de si, constata