Resenha crash
Autor: Eduardo de Moraes e Sousa
"Em Los Angeles ninguém te toca. Estamos sempre atrás do metal e do vidro. Acho que sentimos tanta falta desse toque, que batemos uns nos outros só para sentir alguma coisa.” (Detetive Graham Waters – Crash)
O filme Crash – No Limite de produção estadunidense/alemã é um drama lançado em 2004 nos EUA e que conta no elenco com estrelas do cinema como Sandra Bullock, Matt Dillon, Ryan Phillipe, Brendan Fraser e outros. No ano em que concorreu ao Oscar (2006) teve 6 indicações levando as estatuetas em três delas (melhor filme, melhor roteiro original e melhor edição). O filme Crash é contemporâneo ao pós 11 de Setembro nos EUA e mostra como as pessoas ficaram tensas e amedrontadas em meio a todo esse contexto. A base do filme é mostrar que na sociedade atual as pessoas vivem em constante sentimento de MEDO. De tanto nos depararmos no dia-a-dia com situações que nos amedrontam, acabamos nos isolando em um universo particular e criamos conceitos pré definidos das outras coisas que nos rodeiam. Esses conceitos previamente formados incluem também e principalmente de todas as pessoas que observamos. De todos esses pré-conceitos formados, o que mais se destaca na trama do filme é o preconceito racial. Mas o que torna a explanação desse tema tão especial em Crash é a forma global com que ela ocorre. Não apenas o preconceito contra os negros ou imigrantes é relacionado, mas diversas culturas são alvos desse sentimento em todo o filme; não fica apenas no velho “brancos X negros” mas vai muito além, mostrando que o preconceito racial é algo inerente apenas à cor da sua pele e que pode estar presente em qualquer situação.
Uma dona de casa e seu marido que é procurador da Justiça, dois jovens negros ladrões de carros, um senhor e uma senhora coreanos, um dono de uma pequena loja, um mexicano que consertava fechaduras, dois detetives que também são amantes, um diretor de TV negro e sua esposa, um policial