A história de um policia
No passado dia 11 de Fevereiro, decorreu um pouco por todo o país, uma marcha/concentração de cidadãos devidamente enquadrados por uma frente sindical, que em plenos pulmões gritavam contra o fantasma do endividamento, a famosa crise e suas maleitas.
A mim, foi-me confiada a missão de zelar por estas mesmas pessoas e ao mesmo tempo fazer por que tudo corresse dentro daquilo que tantas vezes se ouve falar, a liberdade democrática.
E assim foi, como sempre, mas não para sempre, dentro do espírito sereno da malta Tuga, lá fomos indo desaguar na Praça do Povo, outrora conhecida por Praça do Comércio, cantando, berrando e mandando umas asneiradas, enquanto pelo canto do olho, alguns davam uma mirada Tuga a uma ou outra menina, enquanto emborcavam uma imperial à pressa porque não podiam largar o cartaz muito tempo.
Dentro daquilo considerado normal.
Discursos, apupos, vaias e aplausos, termina a parte oficial.
Eis senão quando, foi-me dada a ordem de recolher o pessoal, visto que o evento estaria na sua fase de rescaldo. Assim, juntei a malta e devidamente enquadrados, deslocamo-nos para a nossa viatura para que pudéssemos trincar uma bucha.
Nesse mesmo deslocamento, há um gajo, que encoberto pela multidão, grita ??vão trabalhar seus chulos? Parasitas? Filhos da p*ta? Fascistas? Cab**o!
Pensei eu: -Devias-me dizer isso lá no café, na folga, ou no tempo dos cowboys lá no faroeste, pa**leiro, covarde!
Ignorei e dei ordem para ignorar, fomos à bucha. A minha sandes devia estar estragada, caiu-me mal? Eu sei que agora é tarde, mas mesmo assim a esse covarde e outros que para aí andam, tenho duas ou três coisas para vos dizer, cá vai:
..Vão trabalhar?????
Os chulos, ganham 780€ por mês, trabalham 45 horas por semana que se às quais somarmos os gratificados passam para 60, isso, 60 horas semanais.
Os parasitas, trabalham os feriados todos, sim, todos sem direito a compensação, as noite e os fins de semana