A guerra fria
LIBBY, Douglas Cole & FRANK, Zephyr. Voltando aos registros paroquiais de Minas colonial: etnicidade em São José do Rio das Mortes, 1780-1810. Revista Brasileira de História. São Paulo, V.29, N.58, 2009, p.383-415.
O artigo ao qual resenho foi escrito em conjunto pelo professor associado de História da UFMG, Douglas Cole Libby e pelo professor Adjunto de História da Stanford University, Zephyr Frank. Ambos são autores estrangeiros, mas Libby mora há bastante tempo no Brasil e também há bastante tempo faz pesquisa utilizando-se de fontes mineiras referentes aos séculos XVIII e XIX. Libby e Zephyr partem da perspectiva da história demográfica e fazem um recorte micro-espacial. Esses dois autores em questão vem discutir a etnicidade e a classificação social no Brasil dos séculos XVIII e XIX, especificamente na paróquia de São José do Rio das Mortes, atual Tiradentes, Minas Gerais. Como disse, o texto é um artigo, e este foi anteriormente publicado numa revista americana de História. Para melhor visualização dos dados obtidos sobre o tema na Paróquia de São José, o artigo foi composto por cinco tabelas classificadas respectivamente: 1- População feminina da paróquia de São José, por designação étnica/origem e condição legal, 1975; 2- Mães dos batizandos, por designação étnica/origem e condição legal, 1780-1810; 3- Designações étnicas/Origem entre esposos nascidos livres e libertos, 1795; 4- Designações étnicas/Origem entre esposos escravos, 1780-1810 e 5- Designações étnicas/Origem entre casais compostos por 1 ou 2 esposos africanos, 1780-1810[1]. Libby e Frank dão respostas preliminares para questões relativas às práticas de maternidade e de casamento, sugerindo como designações étnicas e de cor se consolidaram ao longo de várias gerações. Os achados feitos por eles apontam que em São José do Rio das Mortes havia no período estudado, a predominância de exogamia (casamento entre indivíduos pertencentes a grupos,