A guerra fria
“Guerra Fria”— Designação do clima de tensão entre a URSS e os EUA que caracterizou os quarenta anos seguintes ao fim da Segunda Guerra Mundial. No entanto, as tensões entre os dois países nunca ultrapassaram o conflito verbal, apesar da proximidade, em determinados momentos, do conflito militar. A “Guerra Fria” nasceu devido ao facto dos EUA não terem consentido que a expansão da URSS pusesse, ao mesmo tempo, em perigo a sua segurança e a sua economia, cuja capacidade de produção já não se mostrava à escala do país ou do continente americano, mas sim à do mundo. Após a Segunda Guerra Mundial o equilíbrio das forças europeias esteve algo dependente destas potências mundiais. Este confronto dividiu o Mundo em dois blocos: o bloco Ocidental, controlado pelos Estados Unidos da América, com uma economia capitalista, e o bloco de Leste, sob o controlo da União Soviética, com uma economia socialista. Um dos aspectos da “Guerra Fria” foi a política de equilíbrio de armamento que conduziu à criação da OTAN (NATO) (1949) pelos EUA e diferentes países da Europa Ocidental e o Pacto de Varsóvia (1955) pela URSS e países socialistas da Europa Oriental.
A “GUERRA FRIA”
Havia na atitude soviética uma evolução subtil que dava a impressão de que a guerra poderia rebentar, mas isso não se verificou, por três razões: primeiro, a excepcional potência de fogo dos EUA; segundo, a intensidade do seu potencial económico e das suas riquezas financeiras, e, portanto, a possibilidade de equipar praticamente sem limitações os seus exércitos e os dos seus aliados; e terceiro, a vontade firme de Washington de acabar, de uma vez por todas, com a expansão do comunismo internacional na Europa Ocidental e Central e na China continental, que tendia a cercar política e estrategicamente e a asfixiar economicamente os Americanos, proibindo-lhes o livre acesso às fontes de matérias-primas e aos mercados indispensáveis ao escoamento da sua produção. Foi para se precaver contra este