A Guerra dos 30 Anos teve como resolução a assinatura de uma série de tratados que ficou conhecida como Paz de Vestfália, em 1648. Tal acordo concedeu legitimidade aos Estados europeus garantindo-lhes uma delimitação de território e o princípio da soberania nacional. A partir desse momento, os países componentes da comunidade europeia, em tese, teriam controle de seus conflitos internos, com autonomia nas resoluções desses e assim, total independência de forças externas nesse quesito. Após o acordo de 1648, um novo cenário começa a ser delineado. Os novos Estados, não mais presos a questões religiosas e sim visando interesses nacionais, revelaram-se competitivos e com grande capacidade de dominação. Contudo, apenas alguns países conseguiram se destacar, transformando-se em verdadeiras potências e criando uma ordem multipolar. O segredo do sucesso desses Estados está fincado em basicamente três questões: militar, financeira e geográfica. O desenvolvimento do poderio militar é uma questão antiga. Sempre houve investimento na invenção de novas armas, criação novas estratégias, maiores exércitos e em todos os campos que envolvam conflitos. Esse período não foi diferente. Modificações na tecnologia militar e naval e todo o aperfeiçoamento bélico fizeram países como França e Inglaterra se destacarem e perdurarem em seus postos de poder. Todavia, o cunho militar apenas não é suficientemente forte para assegurar o sucesso de uma potência, bem porque não há como manter o padrão de uma boa armada sem recursos financeiros. Nesse campo é possível afirmar que as guerras compunham um fator propulsor de movimentação econômica, visto que são eventos caros, desgastantes e que exigem constante manutenção. Além das guerras, no século XVII-anos antes da descoberta do ouro no Brasil de Portugal-, a falta generalizada de dinheiro também impulsionou uma revolução financeira na Europa.
Algumas cidades desenvolveram mecanismos econômicos para obter um melhor controle das