A Graça de Deus
De fato, todas as religiões estão baseadas no esforço pessoal e no princípio da justiça retributiva. Somente o Cristianismo apresenta a possibilidade de um relacionamento entre Deus e os homens além das fronteiras do mérito e demérito. Infelizmente as palavras de Lewis, dos pais do protestantismo, e, pior, uma das afirmações mais categóricas e fundamentais do Novo Testamento se perderam na poeira do fenômeno religião de consumo, onde os deuses disputam melhores lugares nas prateleiras do mercado religioso. Poucos cristãos, ou que se dizem cristãos, compreendem o que seja a graça de Deus. Arrisco, portanto, algumas sugestões.
A graça de Deus é o favor imerecido de Deus para com a humanidade. [Mateus 5.45; Efésios 2.8-10; Tiago 1.17,18; 2Pedro 1.3]
A graça de Deus é a disposição de Deus em tratar bem aqueles que o rejeitam e dar coisas boas a quem não lhe quer bem ou mesmo sequer reconhece sua existência. [Mateus 5.41-48]
A graça de Deus é a boa vontade de Deus, a pré-disposição positiva de Deus, o desejo de abençoar, a intenção constante de fazer o bem e agir com bondade em relação ao universo criado e toda a humanidade. [Êxodo 33.19; Salmo 100.5; 2Crônicas 16.9; Jeremias 29:11; 33:3; Hebreus 4:16]
A graça de Deus é a interpelação, o apelo, o chamamento, o convite, a insistente convocação de Deus para que a humanidade se renda à sua bondade. [Hebreus 1.1,2; 3.7; 3.15; 4.7; Atos 14.16,17; 26.14]
A graça de Deus é o fluxo constante de amor e vida divinos que sustentam o universo e toda a humanidade. [Isaías 18.4; Atos 17.28; Romanos 11.33-36; Hebreus 1.3]
A graça de Deus é a energia ativa, o poder abençoador, a força, o empurrão que Deus imprime no