A globalização do mundo
Edmilson Nascimento[1]
1. Introdução
Enquanto processo rearticulador da produção, da técnica, da cultura e das relações sociais, numa escala planetária, o fenômeno da globalização, processo em marcha, gestado pelo capitalismo nas duas últimas décadas, é apresentado como panacéia do capitalismo pós-moderno. Em constante transformações no atual momento histórico. Os meios de comunicação, têm contribuído para vulgarizar o termo em suas conseqüências últimas, esvaziando o seu significado e a compreensão de seus resultados, ao mesmo tempo em que este fenômeno se configura antagônico e se expressa em sua diversidade. Sua ação tem como suporte estrutural o desenvolvimento das técnicas, da ciência e da informação. Bases estas fornecidas pelos Estados nacionais. Qual a lógica da globalização? Quais seus pressupostos teóricos? Quem são os atores articuladores deste fenômeno em processo a nível planetário? Como sua atuação influencia e determina coisas, pessoas e idéias numa dimensão planetária? Por que esse fenômeno se apresenta em sua aparência de modo tão sedutor, ao ponto da mídia nacional e mundial endeusá-lo? Quais os aspectos positivos e negativos de sua operacionalização, no atual momento histórico? Procuraremos ao longo deste artigo, analisar e refletir sobre as indagações acima propostas, numa perspectiva histórico-geográfica crítica.
2. Um Mergulho na História
Ao final da II Guerra Mundial, Os EUA, à frente do bloco capitalista, passa a reorganizar novas estratégias para recomandar a economia mundial, auxiliado por instituições internacionais, criadas para aquele fim. Entre elas: Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BIRD), Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT)[2] e a Organização das Nações Unidas (ONU). O Bloco socialista, representado pela União Soviética,