A garota de ipanema
Jorge vivia praticamente um sonho, tudo lhe era agradável, tudo lhe dava prazer, seu maior motivo de sorrisos largos e inesperados era sua amada. A felicidade era plena. Nada estava fora do lugar, tudo estava em completa sintonia. Tudo por causa do amor.
Porém nessa vida tudo passa, os momentos prazerosos se tornaram uma completa tortura, ser abandonado por quem tanto se ama é uma tristeza sem fim, ao menos era assim que Jorge se sentia agora, imensamente triste, nada lhe dava ânimo, a vida não tinha mais cor. Para ele, as noites que antes eram animadas e festivas, nos bares à beira mar da Lapa, foram substituídas por noites melancólicas no sofá de sua casa. Recusava-se a sair, aos seus amigos, dizia:
- Hoje não companheiros, a minha companhia não será das melhores.
Nem as constantes insistências dos amigos de farra o convenciam, mantinha-se firme no ideal de não os contagiar com sua tristeza.
Mas eis que um dia seu melhor amigo Carlos, não suportando mais ver a situação comovente ao qual ele se encontrava, bateu em sua porta com a firme determinação de arrastá-lo para fora de casa.
- O que há com você meu amigo? Sempre lhe encontrei com um sorriso nos lábios e um brilho no olhar que nos contagiava! Sua grande alegria de viver não pode ter se perdido. Um desamor não pode ser fatal.
- Nada mais me faz sentido, Carlos! Meu amor e minha alegria se foram juntos com a minha amada.
- Para de bobagem homem! Nessa vida tudo passa, tudo se transforma. Vamos lá para fora, vá e enfrenta essa novo mundo que lhe espera, descubra a beleza e a alegria nas outras coisas!
Jorge pensou um pouco, e vendo alguma lógica nas palavras de seu velho amigo se deixou convencer.
- Para onde vamos?
- Para Ipanema, Jorge. Ipanema!
Uma hora depois os amigos já estavam em Ipanema, sentados em um bar muito familiar aos dois. Era uma terça-feira a tarde, não havia quase nenhum movimento na praia, o que proporcionou que os amigos conversassem sobre a situação de