A Galáxia da Internet
Resenha dos Capítulos 2 e 4.
Castells começa esse capítulo esclarecendo que a produção social é estruturada culturalmente e que não é diferente com a internet. Distingue produtores/usuários de consumidores/usuários, os primeiros tem participação direta nas mudanças tecnológicas da internet, diferente dos consumidores. A Cultura da internet é a cultura dos criadores da internet e caracteriza-se em quatro camadas: tecnomeritocrática, hacker, comunidade virtual e empreendedora.
A cultura tecnomeritocrática é aquela que acredita no desenvolvimento humano, baseada no desenvolvimento tecnológico, diretamente ligada ao Iluminismo e a Modernidade. Nessa cultura a descoberta da tecnologia unida a redes de computadores importa mais que o conhecimento por ele mesmo, no entanto para fazer parte da comunidade é necessária uma ótima reputação diante da comunidade acadêmica, que é onde essa cultura se enraíza.
Os Hackers são considerados uma comunidade livre, que busca conhecimento tecnológico não por reconhecimento financeiro, e por esse motivo suas descobertas e soluções são criativas. Segunda Castells eles não são o que a mídia diz, não são irresponsáveis, viciados em computadores empenhados em quebrar códigos. Os que assumem essa postura são os crackers e são repudiados pelos hackers.
No entanto essas pessoas que dedicam horas intensas a construir e decifrar códigos acabam ficando a margem da vida social, tão necessária na construção do ser humano. Muitos deles não buscam um objetivo comum, mas seu objetivo pessoal o que consequentemente mancha a imagem dessa comunidade.
O que pauta o valor da organização da cultura hacker é a fonte aberta como uma extensão do movimento original do software gratuito. A fonte aberta de certa forma foi crucial para o desenvolvimento da internet, isso ocorreu graças as lutas em defesa da abertura do código UNIX. Avanços na microeletrônica