A fé pode curar
O médico americano Harold Koenig garante que quem alimenta alguma crença fica menos doente - e se recupera mais rapidamente de qualquer mal texto: Ana Holanda
Quem
cultiva uma crença, independentemente da religião, do deus ou guru escolhidos, é mais saudável e feliz do que os céticos. E ainda consegue lidar melhor com a dor, física e emocional.
A conclusão é do médico. Há duas décadas, o pesquisador americano se debruçou sobre a relação entre religiosidade e saúde e conseguiu provar o que muitas pessoas já percebiam na prática: a fé pode curar.
Espiritualidade é saúde: tese do psiquiatra e geriatra Harold
Koenig
Na década de 90, Koenig acompanhou 4 mil pessoas com mais de 60 anos e dos mais diferentes credos. O resultado, seis anos depois, foi que menos da metade daquelas que não tinham uma prática religiosa assídua estava viva. Em contrapartida,
91% das que tinham uma crença encontravam-se saudáveis. Em entrevista a
CRIATIVA, Koenig explica por que ter fé é um excelente remédio. Por que o senhor resolveu pesquisar o assunto?
Há 20 anos, percebi entre meus pacientes que quem tinha uma prática religiosa era mais feliz e reagia melhor, física e emocionalmente, às doenças. Esses também tinham menos depressão, mais paz interior e aceitavam melhor os tratamentos médicos. Comecei a me questionar se tal comportamento poderia realmente influenciar na saúde.
O que o senhor concluiu?
Pessoas que têm crença religiosa e a praticam vivem, em geral, sete anos mais do que as que não alimentam a fé. Quem reza ou freqüenta cultos religiosos ao menos uma vez por semana tem 40% menos chances de apresentar pressão alta. Outro estudo mostra que 50% dos idosos saudáveis que não rezam estão mais propensos a morrer nos próximos seis anos do que os que têm esse hábito.
PESSOAS QUE TÊM CRENÇA RELIGIOSA E A PRATICAM VIVEM, EM GERAL, SETE
ANOS MAIS
Por quê?
Pesquisas mostram que pessoas religiosas são mais