A fé contra a depressão

FÉ CONTRA A DEPRESSÃO
Publicado em junho 13, 2013
Novos estudos científicos sugerem que a religiosidade pode evitar o mal e acelerar a recuperação. Por que crença sincera e orações ajudam no equilíbrio emocional

Uma em cada cinco pessoas já se sentiu fora do compasso da vida. Como se estivesse dançando e, repentinamente, perdesse o ritmo, enquanto observa todo o resto do salão se divertir em aparente harmonia. São cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, que, por um período, breve para alguns, mais longo para outros, conviveram com a depressão. O transtorno psiquiátrico vai além da tristeza que todos sentimos hora ou outra. Envolve a sensação paralisante de desaprender a viver, a angústia de questionar a própria existência, a vontade de se isolar. A medicina ainda não desvendou totalmente o desequilíbrio químico no cérebro que leva à depressão. É certo que fatores genéticos aumentam as chances de desenvolver a doença, mas o ambiente estressante em que vivemos pode ser um importante desencadeado r.A novidade é que, nos últimos anos, a ciência reuniu evidências de que um remédio tradicional pode acelerar a recuperação. Ou, mesmo, prevenir o mal. Trata-se de uma generosa e verdadeira dose de fé.

Foi assim que padre Marcelo Rossi diz ter conseguido superar sintomas de um princípio de depressão num dos momentos mais difíceis de sua vida, em 2010. Hoje, plenamente recuperado, ele se dedica a ampliar sua obra, com a construção do Santuário Mãe de Deus. A experiência de padre Marcelo é compartilhada por muitos fiéis de seu rebanho – e também de outros. Há quem recorra a Deus, a Alá, a Buda, Jeová, Oxalá. Ou a uma força transcendental que não tem nome, mas é especial para aqueles que cultivam sua espiritualidade de maneira particular. Os cientistas descobriram que o importante é simplesmente acreditar.

“Os estudos não têm a pretensão de desvendar os mistérios da fé ou comprovar a interferência divina”, afirma o psiquiatra americano Harold Koenig, diretor do