A fome e a falta de moradias!
Tão perto e ao mesmo tempo longe da riqueza e das políticas públicas estão os dois milhões de pessoas que vivem em favelas na cidade de São Paulo, segundo dados de um estudo realizado pela prefeitura da mesma em 2007. Na cidade há algumas regiões extremamente pobres e abandonadas pelos seus respectivos municípios à situação de miséria com relação a alimento, cultura é desesperadora. Atenta contra a dignidade, envolvendo prostituição, até de crianças, em muitos casos, em troca de comida; ou coisas que para muitos são consideradas banais.
Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) serão os pontos de atendimento dos programas englobados pelo Brasil Sem Miséria. Na estratégia da busca ativa, as equipes profissionais farão uma procura minuciosa na sua área de atuação com o objetivo de localizar, cadastrar e incluir nos programas as famílias em situação de pobreza extrema. Também vão identificar os serviços existentes e a necessidade da criação de novas ações para que a população possa acessar os seus direitos.
Mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas, visitas domiciliares e cruzamentos de bases cadastrais serão utilizados neste trabalho. A qualificação dos gestores públicos no atendimento à população extremamente pobre faz parte da estratégia.
O recadastramento das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza em São Paulo é de caráter urgente, não deve ficar somente a cargo das subprefeituras, mas também confiar no trabalho louvável das pessoas sérias de ONGs, associações de moradores e instituições religiosas. Pois estas entidades têm laços profundos com a comunidade e são conhecedoras de suas necessidades. Não seria nenhuma ofensa dizer que são poucos os prefeitos e assessores que conhecem os bairros que administram.
A desnutrição em uma família marca um altíssimo risco social, diz Gisela Solymos, diretora do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN). Desde o