A fome do mundo
Inicialmente durante a abertura do evento, o Papa João Paulo 2º discursou sobre o assunto dizendo que a fome não tinha relações com o aumento da população. Mas no terceiro dia da conferência, o diretor-administrativo do PNDU ( Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ) contrariando esta afirmação do Vaticano, proferiu um discurso na qual critica os governos dos países que possuem uma taxa de natalidade alta e não fazem nada para interromper o processo. Com este aumento populacional ocorreria em aumento da pobreza e consequentemente um aumento da fome.
Desta forma torna-se explicita que o problema da fome é conseqüência de políticas populacionais ineficientes, que geram o aumento da população, acarretando a elevação da pobreza e consequentemente um aumento da fome da população local. Com isto retira-se a responsabilidade de países desenvolvidos e da atual orientação econômica mundial, jogando todo o peso da culpa pela pobreza e falta de alimentação a má gestão dos países em dificuldades, inevitavelmente países subdesenvolvidos.
Este fato pode ser confirmado na afirmação que o diretor-administrativo Wijkman fez em seu discurso, na qual não demonstra quais as possíveis soluções para o problema da fome, afirmando apenas que "Cada país tem de escolher o seu caminho" ,numa demonstração de que o problema reside apenas dentro do país em questão.
Esta é a primeira conclusão a que se pode chegar lendo apenas a matéria ( em anexo) que circula na mídia atualmente, pois ela explicita apenas um enfoque da questão, não englobando todas as variáveis analisadas pela ONU em seus estudos.
Muito mais do que esta simplificação de aumento populacional = aumento de pobreza = aumento de fome, existem os fatores como o crescimento