A fistória do blues

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A História do Blues

O Blues nasceu como a voz dos escravos dos campos de algodão do sul dos Estados Unidos. Eles cantavam durante os trabalhos nas plantações para aliviar a dureza do trabalho.

Enquanto os negros soltavam suas emoções, os brancos viam o lado prático da coisa. Para os fazendeiros, as work-songs (canções de trabalho) ajudavam a imprimir um ritmo ao trabalho no campo e deixavam os escravos mais alegres. A partir da década de 1860, os spirituals - canções religiosas entoadas pelos negros africanos desde sua chegada à América - sofreram uma mutação fundamental. Além de apelar para Deus, os escravos começaram a curar suas dores de amor através da música.

O Blues é, também, o lamento do andarilho das estradas, o mesmo que chegou até as cidades, adotou o microfone e a guitarra elétrica.

Criado no século passado, ele tomou sua forma final somente a partir de 1900. As primeiras gravações datam dos anos 10. Mas o Blues esperaria um pouco mais para florescer graças ao talento de Big Bill Broonzy, Bessie Smith, Muddy Waters, Otis Spann, Bo Diddley, B.B. King, Lowell Fulson, John Lee Hooker, Howlin, Wolf, Sonny Boy Williamson, Memphis Slim e Buddy Guy.

A transgressão não estava somente na conotação amorosa e sexual das letras do Blues. No formato musical, o estilo também marcou uma ruptura.

Big Bill Broonzy

Fugindo da complexidade do Jazz e da rigidez dos eruditos, o Blues nasceu como uma música crua.

Com uma base harmônica quase simplória, o estilo disseminou-se rapidamente pelo sul dos Estados Unidos. Tocar e cantar o Blues era, teoricamente, simples. Mas o que transformava um mero curioso num verdadeiro bluesman era o sentimento que ele colocava em sua interpretação.

No final do século XIX, a alta taxa de natalidade provocada pela emancipação dos escravos proporcionou outros tipos de trabalho aos negros. Muitos deixaram o campo e partiram para a periferia das grandes cidades do sul, como Chicago, Memphis e a região do Delta

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