a felicidade
Não entendeu? Um dia você irá entender. Entender que a vida já tem obstáculos por si só, e a gente tem que continuar a viver, mas que nós botamos peso demais e tudo depende da forma como encaramos. A carga extra de emoção é por conta da casa. Por que as coisas não podem ser mais simples? Aí é que está o ponto. Podem. E não é por otimismo que digo e, sim, por racionalidade. Pensar e ver sem o manto aquecedor da emoção, que, para muitas situações, é o melhor que há, mas para outras... para outras é melhor sentir frio. Compare com um banho gelado: é rápido. Mas na água quentinha, quem resiste a permanecer? Haja água...
Valorizar que a felicidade é genuína e não fabricada é o primeiro passo para a obtenção da beleza que vem de dentro, expressa através do brilho no olhar, do viço. Muitas vezes, olhamos para alguém com o passar dos anos e pensamos: “Que pena, fulano era tão bonito, perdeu o viço!” A beleza descrita nessa frase, “fulano perdeu o viço”, é perecível. O fulano em questão, se não fez uma plástica para mudar o nariz e pintou o cabelo, continua com os mesmos traços de beleza que o fizeram ser considerado bonito. Mas o viço que se perdeu, esse sim, é reflexo da vida que se levou, da felicidade interna, a qual não se disfarça, não se forja, está lá preservada quando alguém o vê. Talvez a vida tenha sido dura, mas se o sujeito soube levá-la com grandeza, amando, respeitando, e tendo essas coisas de volta, a leveza tenha sido preservada. E o olhar