A EVOLUÇÃO DAS CASAS NOS ULTIMOS 100 ANOS
A evolução na residência brasileira: organização espacial interna dos ambientes e relação com os demais espaços da moradia. Pressupõe-se que a evolução relaciona-se com as mudanças de hábitos de seus habitantes. Ao longo do tempo em momentos distintos da história do Brasil –períodos colonial, imperial e republicano– ocorreram mudanças na organização espacial da moradia. Observou-se, por exemplo, que, no início da ocupação do país, a não setorização dos ambientes na moradia atendia às necessidades daqueles que aqui chegavam para desbravar o território, pois sua permanência naquele espaço era provisória.
A partir do século XIX, já com o intuito de se criar um espaço para morar e viver, a moradia foi subdivida com paredes para abrigar ambientes com funções cada vez mais especializadas, setorizando-se, o que perdura até os dias atuais. Diversificaram-se os móveis e a sua utilização bem como a organização interna dos ambientes. Hoje, entretanto, percebe-se um retorno ao espaço arquitetônico único –como o loft– onde, não apenas a sala e o quarto, mas boa parte dos ambientes, são interligados entre si e definidos, basicamente, pelo mobiliário, refletindo, novamente, mudanças de hábitos de seus moradores –como o exercício de atividades profissionais em casa– o que permite fazer referências aos primeiros tempos do período colonial.
A arquitetura de Interiores é resultado da trilogia SOCIAL, SEVIÇOS e ÍNTIMO. Vamos também fazer um paralelo com os INTERIORES que temos em nosso presente.
A área social Século XX.
Priorização da segurança e mais uma vez o acúmulo de funções quanto aos valores sociais, estes sofreram mudanças e o culto ao interior da casa –no sentido de permanecer mais tempo dentro dela– voltou a ganhar consistência, refletindo, inclusive, na habitação. Neste caso, para não interferir na privacidade do morador, o setor social, como as salas de festas e churrasqueiras, em muitas ocasiões, passou a se localizar exteriormente à própria