A evolução da população
Nos últimos 50 anos, a população portuguesa aumentou, passando de cerca de 8 milhões para 10 milhões, aproximadamente. No entanto, esta evolução nem sempre foi positiva. Na década, registou-se um decréscimo da população. Este decréscimo teve como principal causa a elevada emigração para os países europeus mais desenvolvidos. Na década de 80, registou-se o maior aumento da população, devido ao retorno dos residentes nas ex-colónias, logo após o 25 de Abril de 1974. Relativamente à evolução das taxas de natalidade e de mortalidade, temos: − a taxa de natalidade tem vindo a diminuir, passando de 24 por mil em 1961 para 11 por mil em 2001. Tal situação deve-se aos seguintes factores: o emancipação da mulher; o divulgação do planeamento familiar onde está subjacente a divulgação dos métodos contraceptivos; o casamentos tardios; o os filhos são vistos como despesa; o o modo de vida urbano (tamanho das habitações, exigências sociais como férias, cinemas, restaurantes …) o aumento das famílias monoparentais; o aumento do número de celibatários. − manutenção da taxa de mortalidade até aos anos 90. A partir desta data, houve um ligeiro aumento que se deveu a: o aumento dos acidentes de viação; o aumento das doenças cardiovasculares, provocadas pelas alterações alimentares; o aumento de doenças como a SIDA e hepatites (principalmente a hepatite C); o o envelhecimento da população.
Saldo Migratório O Saldo Migratório em Portugal foi negativo até 1963, atingindo o máximo, da década de 60, em 1969 com cerca de 200 000 emigrantes. O valor máximo do século foi atingido em 1974, com valores de 350 000. Esta situação resultou do regresso dos residentes das ex-colónias, logo após o 25 de Abril de 1974. A partir desta data, houve uma maior normalização dos valores e, a partir de 1989/90, registou-se um novo aumento. Esta deve-se à entrada dos cidadãos de Leste e dos países lusófonos como Cabo Verde, Angola e Brasil.