A Evolução da Ciencia Positivista
Estimulado pelo sucesso palpável do desenvolvimento das ciências físicas na metade do século XVIII. Augusto Comte e seus colegas enciclopedistas sistematizaram o emergente paradigma "científico" newtoniano-cartesiano e deram-lhe o nome de "ciência positivista". Comte ensinava que desde o início da civilização ocidental, cada novo sistema de conhecimento tinha necessariamente passado por três estágios de progresso: o primeiro era o estágio místico ou religioso, no qual o homem compreendia os fenômenos sob investigação com a ajuda de conceptualizações místicas ou religiosas para explicar fatores de outro modo incompreensíveis. O segundo estágio era o estágio metafísico, no qual alguns aspectos puramente místicos começam a dar vasão a um conhecimento mais específico sobre os fenómenos físicos observados. O terceiro e último estágio era o estágio da ciência positivista, no qual não existe mais nenhuma necessidade de invocar fatores místicos ou metafísicos para explicar os fenómenos físicos sob investigação. Suas características e funções inteiramente físicas são consideradas agora como "objetivamente"compreendidas, controláveis e previsíveis.
Newton, Descartes, Comte e a maioria dos cientistas europeus desviaram sua atenção da análise silogística de Aristóteles das relações do homem com o mundo físico para a ênfase emergente da “ciência positivista” na análise dos objetos físicos propriamente ditos. Ao contrário da ênfase aristotélica na busca de essências ou universais, originados por meio do raciocínio silogístico, o paradigma emergente da ciência positivista voltou sua ênfase das faculdades mentais para um exame meticuloso e detalhado dos objetos físicos propriamente ditos.
O Cientista não mais podia se contentar com uma análise indutiva de tantas particularidades quantas as que pudessem ser convenientemente observadas. Surgiu, então, uma metodologia científica nova, focalizando o objeto, utilizando o método do laboratório,