A estrutura da membrana plasmática
por Gladis Franck da Cunha
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Se as células fazem dos organismos o que eles são, as membranas biológicas fazem da célula o que ela é.
Com isso quero dizer que a estruturação das primeiras células somente foi possível após o surgimento da membrana plasmática, que criou um ambiente interno com isolamento suficiente para criar uma individualidade e integrar moléculas e estruturas capazes de realizar, integradamente, as funções biológicas.
Separados do ambiente por uma membrana, as moléculas biológicas não apenas foram mantidas juntas e, de certa forma, protegidas, como criaram um ambiente interno que se diferenciou do externo. Além disso, a membrana criou uma barreira com permeabilidade seletiva que permitiu a estas primeiras células a manutenção de trocas com o ambiente.
Com o advento das células eucarióticas, surgiram várias organelas internas que são estruturadas por membranas semelhantes à membrana plasmática. Cada uma destas organelas possui um microambiente interno que se diferencia do citoplasma circundante, por isso, ao estudar a estrutura da membrana plasmática, também se compreende mais as diferentes organelas celulares.
As dificuldades para estudar as membranas biológicas estão muito relacionadas com espessura delgadíssima, que as tornam invisíveis aos microscópios ópticos que não permitem aumentar as imagens mais do que 1000 a 3000x. A visualização das membranas requer aumentos de 100.000X ou maiores, como nas imagens abaixo, quando ela vista como uma estrutura trilaminar ( faixa escura + uma faixa clara + uma faixa escura).
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Assim sendo, foram necessários vários experimentos para proposição do Modelo Mosaico Fluido por S. J. Singer e G. L. Nicolson em 1972, cuja representação aparece em vários os livros didáticos, semelhantes ao de Pietzsch (2004) abaixo.
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FUNÇÕES
A membrana plasmática cumpre uma vasta gama de funções:
1- Dá individualidade a cada célula, definindo