A Escola Que Vivenciei
Minha educação formal, digamos assim, começou em 1978, numa escola pública onde cursei da primeira a oitava série. Era uma escola grande com várias salas de aula, biblioteca, refeitório, sala de slides, pavilhão de Educação Física, pátio e bar.
Dessa época lembro de duas professoras que marcaram minha vida escolar. A professora Joana, da primeira série, que tinha muita paciência e muitos alunos a mais que a outra turma. As aulas eram ministradas praticamente no quadro negro, cartilha e algumas coisas mimeografadas; lembro de trabalhos com tampinhas e caixinhas para aprender Matemática. Até a quarta série nada mudou: uma professora por turma com os conteúdos gerais, uma professora de Educação Física, uma professora de Educação Artística, uma professora de Ensino Religioso e uma professora de Música.
Observando hoje, percebo que os conteúdos eram estudados separadamente não havendo interação entre eles. Exemplo: aprendemos a escrever a palavra “ESCOLA’; em Matemática não somávamos quantos alunos tinham na escola, quantos professores; em Educação Artística não desenhávamos a escola, mas fazíamos desenho livre.
A partir da quinta série, (um choque), várias disciplinas, cada uma com uma professora diferente que já não nos conhecia a todos pelo nome e sim pelo número da chamada, que até então nem respondíamos. Cada uma entrava na sala, enchia o quadro com o conteúdo, mandava ler os textos mimeografados ou fazer os exercícios nos livros, marcava entrega de trabalhos e agendava as provas sem muita explicação ou discussão sobre o assunto. As provas deveriam ser respondidas, de preferência, com a cópia fiel do que líamos nos livros. (Aí lembro da outra professora, a Isabel, de Língua Portuguesa que discutia conosco textos literários e temas de redação.
Até aqui os trabalhos eram relativamente iguais: um coelhinho mimeografado onde colávamos bolinhas feitas de papel crepom azul; um cartão para o dia das mães em formato de coração recortado em papel