A Ergonomia dos Armamentos
Evelyn Abs da Cruz
Resumo
Este artigo trata-se da relação da evolução dos armamentos de guerra, fazendo analogia a intervenção ergonômica. Primeiramente é abordado o conceito de ergonomia, sua importância e seu surgimento. Em seguida, apresenta-se o nascimento das armas de fogo e alguns processos de aprimoramento ocorridos após a verificação da funcionalidade limitada e insumo fragilizado das mesmas. Por fim, argumenta-se sobre a relação entre a habilitação do conhecimento e compreensão da ergonomia para o desenvolvimento das armas a partir de novas tecnologias.
Palavras-chave: Ergonomia, Guerra, Armamentos.
Introdução
Para o ser humano progredir, a adaptação e a melhora na produção daquilo que ele necessita é uma busca constante. Nesse sentido, inúmeros inventos foram criados e aprimoramentos desenvolvidos. Um exemplo básico pode ser o das cadeiras, que têm se tornado cada vez mais confortáveis. Elas, entre tantos outros utensílios que, primeiramente foram moldados em uma forma padrão, em seguida passaram a ser fabricados em massa. Essa percepção a respeito da necessidade de melhorar a relação do homem com os objetos dos quais depende deve-se, em muitos casos, à noção de ergonomia, já primariamente pensada por Ramazzini (1700) e por
Wojciech (1857). Dessa forma, os objetos vão se tornando, cada vez mais adaptados à natureza humana facilitando e melhorando o uso que se pode fazer deles e, consequentemente, obtendo resultados mais eficientes.
Uma área que muito se valeu e se vale da ergonomia, ou seja, desse estudo de aperfeiçoamento dos materiais de trabalho, é a militar, mais especificamente, em contextos de guerras. Armas com a baioneta – que foi introduzida ao exército francês pelo general Jean
Martinet, por volta do século XVII – passaram por aprimoramentos (AMARAL, 1871).
Anteriormente, o exército era separado por pelotões, entre eles os de mosquetes, que dependiam de pólvora e balas, e os de facas