A empresa no mundo moderno
Ernesto Lima Gonçalves
Professor Titular da Faculdade de Medicina da USP.
Ex-Diretor do Programa de Administração Hospitalar e da Saúde( FGV- HC/FMUSP).
Consultor de empresas
O mundo do trabalho vem apresentando em tempos mais recentes modificações substanciais em sua forma de estruturação. Contratos a prazo fixo ou termporário, terceirização de recursos humanos de setores variáveis da empresa, sub-contratação são apenas exemplo que podem ser lembrados. Na raiz dessas e de outras mudanças encontram-se por certo pressões competitivas e incertezas em relação ao mercado, conduzindo à busca de novas relações trabalhistas.
Tais mudanças, contudo, não reduzem o papel fundamental que a empresa desempenha no contexto da comunidade, produzindo os bens ou serviços de que ela necessita. Mas importa lembrar ainda que a empresa representa a estrutura que permite ao homem receber a remuneração pela colaboração que oferece à complementação do objetivos referidos e que justificam a existência da empresa.
Essa remuneração é que permite ao homem garantir sua manutenção e a de sua família, no testemunho de que, em boa medida, o homem vive do trabalho, o que é de fácil compreensão.
Mas o homem tem ainda em seu contexto pessoal o impulso de realização pessoal, que em grande parte pode ser satisfeito pelo trabalho, qualquer que seja sua natureza, que ele desenvolve. Essa é a razão pela qual o homem também vive para o trabalho e, por essa mesma razão, também vive no trabalho como dizia mestre Alceu Amoroso Lima.
Essa é a razão essencial pela qual , em que pesem as modificações apontadas de início, a empresa continua sendo o palco onde acontece grande parte da existência do trabalhador, correspondendo a um terço de sua vida produtiva, isto é, oito horas de seu dia, num período que pode estender-se entre os 18 e os 65 ou
70 anos de idade.
Mas existe outra vertente a ser naturalmente invocada no exame de relações no mundo do