a economia
Uma analogia ajuda a entender o significado: quando uma semente se torna uma planta adulta está exercendo um potencial genético, em outras palavras, está desenvolvendo-se. Quando qualificado pelo adjetivo econômico, refere-se ao processo de produção de riqueza material, a partir do potencial dado pela disponibilidade de recursos humanos e naturais e uso de tecnologia. No campo crítico da economia, a palavra desenvolvimento vem normalmente acompanhada da palavra capitalista para mostrar que o desenvolvimento refere-se ao todo social. Esta noção está muito bem desenvolvida, em diversos capítulos do livro de COWEN, M. P. e SHENTON, R.W. (1996, Doctrines of Development. London: Routledge). Especificamente sobre o desenvolvimento capitalista há um verbete no Dicionário do Pensamento Marxista de Tom BOTTOMORE (1988).
A partir de 1930, houve uma mudança nos rumos da sociedade brasileira. O centro dinâmico até então predominante na determinação do produto, da renda e do emprego, baseado no modelo agro – exportador, se desarticulou dando lugar ao setor manufatureiro/industrial conhecido como processo de substituição de importação.
O fator que induziu a mudança foi a crise de 1929 e a primeira guerra mundial. Durante a crise, o mercado internacional foi bloqueado. A dificuldade de importar levou o país a deslocar seu centro dinâmico para o mercado interno, o que permitiu o seu crescimento industrial e urbano.
Até então, o Brasil exportava café, recebia divisas, e com elas pagava as importações. Durante a crise, o país enfrentou uma escassez de divisas para pagar as contas e para importar produtos essenciais aos indivíduos e às empresas. A falta de divisas provocava a