A economia global: gênese, estrutura e dinâmica
A economia global: gênese, estrutura e dinâmica
O autor diferencia economia mundial de economia global. O que pode ser entendido como economia mundial, e que existe no ocidente, no mínimo, desde o século XVI, é uma economia em que a acumulação do capital avança por todo o mundo. A economia global tem capacidade de funcionar como uma unidade em tempo real, em escala planetária.
Os fluxos financeiros internacionais cresceram cerca de 10 vezes entre 1980-92, e tornam-se cada vez mais autônomos vis-à-vis o desempenho real das economias.
Os mercados de trabalho ainda não são globais, porém a mão-de-obra é um recurso global: as empresas podem se localizar em diferentes lugares; as empresas podem solicitar especialistas de qualquer lugar; e a mão-de-obra imigrante flui para onde existem oportunidades.
Ciência, tecnologia e informação também são organizadas em fluxos globais, embora em uma estrutura assimétrica. Os centros de P&D são muito concentrados, mas as características dos conhecimentos produtivos favorecem sua difusão.
Apesar de algum protecionismo e de algumas restrições de livre comércio, os mercados de bens e serviços estão se tornando cada vez mais globalizados.
Mas, segundo o autor, a mais importante transformação subjacente ao surgimento de uma economia global diz respeito ao gerenciamento da produção e distribuição e ao próprio processo produtivo. O novo sistema produtivo depende de uma combinação de alianças estratégicas e projetos de cooperação ad-hoc entre empresas, unidades descentralizadas de empresas de grande porte e de redes de pequenas e médias empresas que se conectam entre si ou com grandes redes. Isso implica na necessidade de uma nova e flexível forma de gerenciamento.
Os limites da globalização
Segundo Castells, apesar tendência para uma crescente interpenetração dos mercados, é provável que fronteiras entre as principais regiões econômicas continuem a existir por muito tempo, devido ao uso da concorrência, pelos