A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO E SUAS SEGMENTAÇÕES Uma abordagem sob a ótica de Karl Marx e Émile Durkheim

A divisão do trabalho sempre existiu. Ela foi e é somente adaptada ao meio em questão. Historicamente esta divisão era feita pelo gênero, visto que, mulheres e homens não podiam ocupar o mesmo espaço no mercado de trabalho. Devido a evolução de pensamento, tecnologias, e a maior interação entre diferentes grupos e sociedades, ou seja, a globalização, essa divisão tem sido feita por “especialidade produtiva” o que ficou conhecido como ‘divisão social do trabalho’. Essa expressão é interpretada por dois filósofos de maneiras bastante divergentes, sendo eles, Marx, que procurou demonstrar a existência de um conflito de classes entre trabalhadores e capitalistas, elemento este que é inerente á sociedade burguesa. e Durkheim, que com uma proposta totalmente diferente, procura demonstrar que a crescente segmentação do trabalho, resultante da produção industrial moderna, trazia consigo uma forma superior de solidariedade: a mecânica e a orgânica
Para Marx, a ‘divisão social do trabalho’ diz respeito ao caráter específico do trabalho humano. Sob sua visão, ao passo que uma sociedade se desenvolve, relações de trabalho e maneiras de dividir as atividades são estabelecidas. E com isso alguns grupos são “diminuídos”. Exemplo: Com a formação de cidades e portanto o surgimento do trabalho urbano, a divisão entre quem administra (diretor) e quem executa (operário) foram necessárias. Mas, ao se tratar de uma sociedade capitalista, onde essa força de trabalho é convertida em dinheiro, e esta provem dos operarios, quem mais deveria lucrar então, seriam os próprios operários. Mas na verdade, não é isso que acontece. O lucro está concentrado na mão da classe dominante, que menos trabalha e são minoria. É então devido a esse quadro que Marx considera que, a ‘divisão social do trabalho’ gera a divisão de classes. Já Émile Durkheim, autor de “Da divisão do trabalho social”, enxerga a coesão social, a força que mantém os homens juntos e que lhes permite viver num certo consenso e