A Ditadura Militar de 1964
Com o golpe militar em 1964, deu ínicio a uma ditadura militar no Brasil que durou até 1985 e deixou cicatriz no país, muitas mortes, torturas e desaparecimentos a todos que se colocavam contra o governo. O golpe militar foi contra o governo legalmente constituído de João Goulart.
A falta de reação do governo e dos grupos que lhe davam apoio foi notável.
João Goulart, em busca de segurança, viajou no dia 1o de abril do Rio, para Brasília, e em seguida para Porto Alegre, onde Leonel Brizola tentava organizar a resistência com apoio de oficiais legalistas, a exemplo do que ocorrera em 1961. Apesar da insistência de Brizola, Jango desistiu de um confronto militar com os golpistas e seguiu para o exílio no Uruguai, de onde só retornaria ao Brasil para ser sepultado, em 1976.
O presidente João Goulart, em algum momento durante o seu governo, transmite, temporariamente, o cargo de presidente para Ranieri Mazzili, presidente da Câmara dos
Deputados . Antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Auro de Moura
Andrade, já havia declarado vaga a presidência da República. Ranieri Mazzilli, assumiu interinamente a presidência, conforme previsto na Constituição de 1946, após a renúncia de
Jânio Quadros. O poder real, no entanto, encontrava-se em mãos militares. Nos primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão atingiu os setores politicamente mais mobilizados à esquerda no espectro político, como por exemplo o CGT, a União Nacional dos Estudantes
(UNE), as Ligas Camponesas e grupos católicos como a Juventude Universitária Católica (JUC) e a Ação Popular (AP). Milhares de pessoas foram presas de modo irregular, e a ocorrência de casos de tortura foi comum, especialmente no Nordeste.
A junta baixou um "Ato Institucional" – uma invenção do governo militar que não estava prevista na Constituição de 1946 nem possuía fundamentação jurídica. Seu objetivo era justificar os atos de exceção que se seguiram. Ao longo do mês de