A disciplina filosofica da lógica

A disciplina filosófica da lógica
O termo “lógica” deriva do grego logos, que significa “razão”, “palavra”, “discurso”, “verbo”. Inicialmente logos era utilizado para descrever a palavra escrita ou falada, contudo posteriormente começou a ser usado, por vários filósofos gregos, para definir a “racionalidade”.
A lógica é a área da filosofia que procura estudar os princípios e regras a que devem ser sujeitos o pensamento e o discurso, de modo a serem coerentes. Esta disciplina não tem como objectivo saber se uma conclusão se verifica na realidade, mas sim se os argumentos que a defendem têm uma forma correta. Deste modo, a lógica não procura a fundamentação, mas sim o provisionamento de instrumentos para que outras áreas o possam fazer. Esta disciplina filosófica não se pode afirmar, então, como auto-suficiente, pois não atua individualmente: para que os princípios lógicos possam ser aplicados é necessária a ligação com a ciência e a sua análise do mundo físico e com as restantes disciplinas filosóficas, de modo a ser possível definir referências sobre as quais estes possam ser empregues.
Como já foi referido anteriormente a lógica debruça-se sobre duas vertentes, o pensamento e o discurso, assim, é importante referir algumas noções básicas que definem e interligam estas dois prismas.
O pensamento ou razão é constituído por um conjunto de ideias/ conceitos, que encadeados permitem ao ser humano formar um juízo, isto é, um pensamento onde se afirma ou se nega algo. Simultaneamente, no discurso, o Homem vai sentir a necessidade de se servir de termos, para conseguir expressar verbalmente os seus juízos, ou seja, para conseguir formar proposições (frases declarativas que afirmam ou negam algo). Os juízos e as proposições têm um valor de verdade, podendo deste modo ser considerados verdadeiros ou falsos, consoante a sua reflexão de algo que se verifica ou não no mundo físico, mesmo que esse valor seja ainda desconhecido para o ser humano. Assim, é importante