tipos de narrador

O narrador, quanto à presença:

O narrador pode ser caracterizado quanto à presença. Se participa na acção é considerado um narrador participante ou presente. Pode ser a personagem principal, narrando a sua própria história (narrador autodiegético) ou ser apenas uma personagem secundária que relata os acontecimentos (narrador homodiegético). Nestes dois casos, uma vez que o narrador participa na história, a narração é feita na primeira pessoa. Se o narrador não participa na história é considerado um narrador não participante ou ausente ( narrador heterodiegético) em que a narração é feita na terceira pessoa.

O narrador, quanto à ciência:

O narrador é omnisciente quando tem um conhecimento total da história, conseguindo entrar no íntimo das personagens, dando a conhecer ao leitor todos os seus pensamentos e sentimentos.
É observador se contar apenas aquilo que lhe é permitido ver, quer das personagens, quer dos espaços.

Quanto à ciência, podemos classificar o narrador ao longo da maior parte do conto de observador, tornando-se no seu final omnisciente.
Quanto à sua presença, o narrador é não participante ou heterodiegético.

Três irmaos de Medranhos, Rui,Guanes e Rostabal eram os fidalgos mais pobres e esfomeados de todo o reino das Astúrias. Passavam os dias no paço de medranhos junto à lareira, devoravam à noite pedaços de pão indo mais tarde deitar-se no estábulo aproveitando o calor das suas, também famintas, éguas.

Certo dia, quando passeavam na mata de Roquelanes, descobriram um velho cofre de ferro. Este tinha três chaves e só podia ser aberto com as três.Bastante agradados com a ideia de voltarem à sua vida de bem-estar decidiram repartir o tesouro igualmente pelos três e ficaram, então, com uma chave cada um.
Como por vezes a ganância é mais forte do que qualquer outro sentimento, Rui convenceu Rostabal a matar Guanes quando este regressasse da vila com comida de forma a ficarem os dois com o tesouro para si. Tal