A Desindustrialização no Brasil
Agosto 2010 de recessão doméstica, que também parece ter provocado um impacto significativo no mesmo sentido.
A análise do emprego na I ndústria de
Transformação como parcela da população ocupada, porém, mostra outro resultado. Há, na verdade, um aumento relativo do emprego industrial, que passa de 12,8% do total, em
1992 (ano de recessão), para 14,4%, em 2008, tomando como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Isso é confirmado pelos resultados das Pesquisas
Industriais Anuais (PIA) do IBGE: o emprego industrial reportado pelas empresas aumentou de 7,44% da população ocupada total, em
1996, para 8,35%, em 2008.
Em relação à evolução do invest imento f ixo, também não há evidência de desindustrialização no período mais recente. Entre 1996 e 2008, houve um forte aumento, de 14,4% para 18,5%, da participação do investimento na Indústria de Transformação na formação bruta de capital fixo total (FBCF).
De qualquer forma, como se viu acima, não há dúvida de que a indústria encolheu a partir de meados da década de 1980, relativamente aos outros setores. Quando a conta é feita a preços constantes, como parece mais correto, o processo de redução começa antes, na segunda metade dos anos 1970, e é menos agudo.
Para entender o que aconteceu com a indústria nacional, uma primeira linha de abordagem seria a de observar a evolução da participação do setor em uma ótica internacional. Dessa forma, seria possível chegar-se a um diagnóstico que levasse em conta as transformações est rut urais da economia contemporânea em uma perspectiva de longo prazo.
Experiência internacional
Tomando-se um grupo de 185 países, de 1970 a 2007 (no qual, para 156 deles, existem dados para todos os anos do período), é possível
Uma das questões mais instigantes no debate econômico brasileiro referese à existência ou não de um processo
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