A depressão dos jovens médicos
A Depressão dos Jovens Médicos
Gilberto Luis Rost Júnior1
Resumo: O texto presente versa sobre a prevalência de sintomas depressivos entre acadêmicos do curso de medicina e profissionais já formados, levando em consideração estudos realizados. Além disso, o artigo faz referências ao estado emocional e psicológico desses jovens, a relação de causa-consequência, a formas de tratamento e prevenção da doença e ao envolvimento das escolas médicas a fim de solucionar ou minimizar os efeitos negativos sobre os estudantes.
Palavras-chave: DEPRESSÃO – ESTUDANTES DE MEDICINA – ESTRESSE
PSICOLÓGICO
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o estresse que acomete muitos jovens estudantes de medicina e profissionais já formados tem sido muito estudado. A saúde mental do universitário tornou-se foco de atenção não só dos especialistas da área de saúde, mas da sociedade em geral. O estresse ocupacional ocorre, com frequência, quando há percepção de se ter muitas responsabilidades e poucas possibilidades de decisões e controle como cobranças dos pais, medo do fracasso e imposições do mercado de trabalho. Os profissionais da área de saúde constituem um dos grupos de maior vulnerabilidade aos efeitos do estresse, em função de algumas atividades ocupacionais. Ambiente de trabalho emocionalmente tenso e longas jornadas de serviço contribuem, de forma significativa, para que sintomas depressivos acometam-nos. As escolas médicas têm sido reconhecidas como fontes de estresse durante a formação de seus estudantes, o que pode afetar o bem-estar físico e mental dessa população. O estresse e o desconforto psicológico acentuado são considerados motivos frequentes de comportamentos prejudiciais à saúde física e psicológica nos estudantes de Medicina. Uma alta frequência, de ansiedade e depressão são descritos entre esses acadêmicos. Além disso, a
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Estudante de Medicina da Universidade de Caxias do Sul
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pressão advinda do trabalho, da realização de exames