A degradação do solo
Pode-se dizer que os solos degradam de duas maneiras principais: de forma natural, como consequência da ação da natureza, e por interferência humana. No primeiro caso, o conhecimento técnico pode ajudar a evitar as consequências de desastres naturais, através de atitudes preventivas, além de alterar constituintes minerais dos solos por meio de corretivos agrícolas. No segundo, o conhecimento estabelece a importância da continuidade do uso dos solos como prioridade vital, de maneira saudável e sustentável, abandonando-se a ideia de uso predatório, típico do lucro imediato e inconsequente.
A degradação mais importante dos solos por ocorrência natural se dá por lavagem excessiva das camadas superficiais pela água de chuva, fenômeno denominado lixiviação, típico das regiões tropicais do planeta. O transporte dos nutrientes dos solos por infiltração da água ou por erosão, diminui sua fertilidade, além de ocasionar outro fenômeno: a laterização.
A laterização é a oxidação dos solos pelo acúmulo de metais como o ferro e o alumínio, formando carapaças endurecidas, típicas de regiões tropicais do planeta, como a África e a América Latina. Importante ressaltar que esse fenômeno ocorre por associação entre água e calor, portanto, solos expostos à ação da água de chuva e raios solares são mais agredidos. Solos protegidos por cobertura vegetal sofrem menos a ação da natureza.
Causas da degradação
As características do relevo também podem associar algumas formas de degradação. A topografia do relevo, quando inclinada, pode ser agente facilitador de processos erosivos, proporcionando maior velocidade das águas de enxurradas, fazendo surgir voçorocas e deslizamentos de terra nas encostas.
Porém, inegavelmente, as maiores agressões aos solos são provocadas por ação humana.
Tanto nas zonas urbanas como rurais verifica-se grande falta de cuidado em relação aos impactos ambientais provocados pelo crescimento populacional e pelo desenvolvimento