A defasagem em desenho geométrico e geometria apresentada pelos discentes ingressantes nos cursos integrados de edificações, informática e processamento de alimentos e bebidas do instituto federal da bahia – campus barreiras

INTRODUÇÃO: Desde os tempos mais remotos a humanidade já se servia do desenho para representar suas manifestações, ainda que misticamente, os murais parietais representando, por exemplo, um bizonte atingido por uma lança não necessariamente era um registro do fato ocorrido, mas um desejo que o animal fosse abatido. No antigo Egito o desenho geométrico fora empregado a partir da necessidade de demarcar suas terras, daí a origem da palavra geometria: geos (terra) e metron (medida). Coube aos gregos a construção de um modelo dedutivo à Matemática marcado principalmente pela obra Elementos de Euclides, aproximadamente 300 a.C., não havendo uma diferenciação entre desenho geométrico e geometria. “Quando Euclides elaborou sua Geometria, não era proposta sua a execução dos traçados com régua e compasso, mas o estudo da possibilidade de construir a figura com aqueles instrumentos.” (Putnoki , 1988, p.14 apud Zuin 2001).
Com o advento da industrialização a partir de 1930, o desenho entra no currículo, porém em 1961 a LDB acaba com essa obrigatoriedade, classificando-o como uma disciplina optativa da parte diversificada do currículo. Como se pode notar, no Brasil abandonou-se a conduta euclidiana de resolver problemas relegando o Desenho Geométrico a um campo da Geometria. O entendimento dessa mudança é feita por Putnoki em 1990, segundo o estudioso o Desenho Geométrico é classificado como desenho resolutivo, pois através dele determinam-se respostas precisas para problemas de natureza prática ou teórica.
Pressupõe-se, então, que as lacunas deixadas pelo ensino do desenho geométrico deverão ser preenchidas pela Matemática, a quem caberia organizar o conjunto de saberes que explorem situações em que sejam necessárias construções geométricas como visualização e aplicação de propriedades das figuras, além da construção de outras relações.
Segundo os PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p.51), no terceiro e quarto ciclo do Ensino Fundamental o ensino de Geometria